"Creio que vamos chegar a uma solução negociada", afirmou o ministro austríaco, uma das vozes mais críticas do Governo grego nas últimas semanas, numa entrevista publicada hoje no diário Die Presse.

O governante defende ainda que, para a Europa, a saída da Grécia do euro "seria facilmente administrável do ponto de vista económico".

"Para a Grécia, seria muito mais dramático porque a sua dívida pública poderia aumentar de 200 a 400% do PIB (Produto Interno Bruto)", adverte, defendendo que isso teria "implicações negativas" do ponto de vista político para o "projeto europeu".

O governante considera que é por essa razão que não está previsto que um país saia da zona euro, mas defendeu que deveria ser regulado o caso especial de uma "insolvência estatal".

Caso no referendo de domingo na Grécia ganhe o 'não', o ministro austríaco estima mais dificuldades para chegar a um acordo.

"O nosso maior problema não é o conteúdo (das propostas gregas), mas sim a destruição da relação de confiança entre a Grécia e os outros países da zona euro", destaca.

"Há muitos países, sobretudo aqueles com menos dinheiro, que dizem 'já não queremos mais', mas eu acredito que vamos chegar a um acordo negociado", assegura Hans Jörg Schelling.

O governante esclareceu ainda que vê o programa de ajudas comunitárias para a Grécia como "morto e que não pode ser estendido", defendendo ainda que "um novo programa necessita tempo" e que "não pode haver créditos sem condições".

VP // MSF

Lusa/fim