"Há pessoas a explorarem a riqueza que existe em Moçambique e essa riqueza deve beneficiar os moçambicanos", disse o chefe de Estado moçambicano, falando durante um comício popular na província de Inhambane, sul de Moçambique.

A afirmação de Nyusi surgiu depois de a população daquela província queixar-se de não estar a ver os benefícios da exploração de gás em Pande e Temane pela multinacional sul-africana Sasol, que opera na região há mais de duas décadas.

"Preocupa-nos a falta de responsabilidade social da empresa Sasol. Não há nenhum investimento visível que beneficie a população. Além disso, a estrada nacional está a ser destruída por camiões desta empresa", disse durante o comício Edson Rui, um residente da localidade.

O chefe de Estado moçambicano disse que o Governo está ciente do problema, considerando que decorrem trabalhos para garantir que as populações dos pontos em que estão a ser explorados recursos minerais tenham benefício.

"Este é um assunto que está a ser tratado a nível dos ministérios e esperemos que em breve tenhamos respostas satisfatórias", acrescentou o Presidente moçambicano.

A Sasol é uma das três companhias que venceu o quinto concurso internacional para concessão de áreas com hidrocarbonetos em Moçambique, numa lista que integra consórcios liderados pela ENI, ExxonMobil e Deltonex Energy.

Moçambique espera que as multinacionais vencedoras do quinto concurso internacional para pesquisa e prospeção de hidrocarbonetos invistam 700 milhões de dólares (597 milhões de euros) nos próximos anos, segundo dados do Instituto Nacional de Petróleos (INP).

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