"A operação vai continuar até atingir os seus objetivos: que os iemenitas possam voltar a ter segurança", disse o rei Salman, na abertura da cimeira dos chefes de Estado da Liga Árabe, que tem lugar hoje e no domingo em Sharm el Sheik, no Egito, para aprovar a criação de uma força militar conjunta e discutir a crise no Iémen.

Riade lidera uma coligação que, além dos sauditas, integra nove países árabes: Bahrein, Egito, Emirados Árabes Unidos, Jordânia, Kuwait, Marrocos, Qatar, Paquistão e Sudão.

Entretanto, o Presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, já reiterou hoje na abertura da cimeira a necessidade de criar "uma força multinacional árabe" face "às ameaças sem precedentes" que representam os "grupos terroristas" e os conflitos na região.

Sissi é há várias semanas o chefe de Estado que reclama com maior insistência a criação desta força árabe para combater em particular o movimento do Estado Islâmico (EI), que multiplica as atrocidades no Iraque e na Síria e está a ganhar terreno na Líbia e no Egito.

O Presidente do Iémen, Abedrabbo Mansour Hadi, apelou também à continuação da intervenção militar no seu país, até que os rebeldes xiitas se rendam.

"Apelo para que esta operação continue até que esse bando [de rebeldes] se renda e se retire de todas as localidades que tem ocupado em todas as províncias", disse na cimeira dos chefes de Estado da Liga Árabe.

Já o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, apelou hoje a uma resolução "pacífica" do conflito no Iémen.

"É minha esperança fervorosa que na cimeira da Liga Árabe os líderes definam orientações claras para uma resolução pacífica da crise no Iémen", disse Ban Ki-moon, na cimeira.

Pelo menos 54 pessoas foram mortas e 187 ficaram feridas nos ataques que decorrem há três dias contra os rebeldes em Aden, segundo o diretor do Departamento de Saúde, nesta cidade do sul, citando uma avaliação preliminar.

JMG (JCS/MDR) // VM

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