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O receio de agitação nas ruas deixou hoje os mercados da periferia de Maputo a meio-gás e os acessos ao centro da capital sob forte vigilância policial, após a circulação de mensagens convocando um protesto contra dívidas ocultas.
Se fosse um dia normal, a praça dos Combatentes, situada às portas do famoso mercado de Xiquelene, na periferia de Maputo, apresentaria um aglomerado de pessoas dispostas a vender e comprar produtos variados, num clima de desordem e imundice, mas que é sustento de muitas famílias pobres dos bairros da Polana Caniço, Ferroviário e Costa do Sol.
Contra o habitual, hoje, um dos dias previstos para as manifestações, convocadas em mensagens anónimas nas redes sociais, os principais centros comerciais tinham poucos comerciantes e compradores e, desde bem cedo, as ruas começaram a ser percorridas por blindados da Unidade da Intervenção Rápida (força antimotim).