Vladimir Putin "esperava que houvesse menos NATO, mas estava completamente errado", disse Johnson numa breve declaração à entrada da cimeira da Aliança Atlântica, em Madrid.

Johnson referia-se às candidaturas da Suécia e da Finlândia, que foram desbloqueadas na terça-feira, já em Madrid, com um acordo entre os dois países e a Turquia, que se opunha à sua entrada na Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês).

Antes da invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro, Putin exigiu à NATO garantias de que o país vizinho nunca entraria na organização e que a Aliança Atlântica recuasse as suas posições para as fronteiras anteriores ao alargamento a países que integraram a antiga União Soviética.

O primeiro-ministro britânico saudou a esperada entrada dos dois países nórdicos e defendeu o reforço do flanco oriental da NATO.

"Vamos pensar nas lições dos últimos meses e na necessidade de a NATO rever a sua postura no flanco oriental", disse Johnson, acrescentando que os aliados irão também analisar o que podem "fazer mais para apoiar a Ucrânia".

Ao chegar à cimeira, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, disse que as forças de reação rápida da NATO, que irão aumentar dos atuais 40.000 para 300.000, estarão "prontas até ao próximo ano" e serão atribuídas a países do leste da Europa.

Stoltenberg disse que as forças em questão vão ser "pagas e organizadas pelos diferentes aliados NATO, ficarão baseadas nos seus países de origem, mas vão ser atribuídas previamente a países e territórios específicos, para serem responsáveis pela proteção desses territórios".

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