Orlando Viegas, atual vice-presidente e líder da comissão organizadora do quinto congresso do PRS, adiantou à Lusa que "já está confirmada a presença de uma forte delegação do PSD" no conclave que terá lugar entre 26 a 29 deste mês.

Também ministro das Pescas, Orlando Viegas falou à Lusa à margem da terceira conferência de quadros do PRS reunida na localidade de Uaque, a cerca de 60 quilómetros de Bissau, com a presença de cerca de duas dezenas de pessoas.

Viegas não soube precisar a que nível o PSD se fará representar no congresso, que vai decorrer na localidade de Gardete, arredores de Bissau, mas confirmou que aquele partido português "é um dos amigos do PRS" no âmbito da IDC (Internacional Democrata Centrista).

O secretário-geral do PRS, Florentino Pereira, disse à Lusa que, além do PSD foram convidados o MpD de Cabo Verde, a UNITA de Angola, a Renamo e o MDM de Moçambique, a ADI de São Tomé e Príncipe e vários partidos de países africanos, nomeadamente do Senegal, Guiné-Conacri, Mali, Costa do Marfim e do Mali.

O presidente da comissão organizadora do quinto congresso do PRS, Orlando Viegas, considerou que a presença de "partidos amigos" no congresso do PRS "é o sinal da projeção internacional do partido" mas também "a manifestação da solidariedade" no âmbito da IDC, disse.

Quanto aos preparativos para o congresso, Orlando Viegas afirmou que "decorrem num bom ritmo" e que os 1001 delegados já foram eleitos nas bases.

Segundo Viegas, a conferência de quadros, que termina hoje, "debate temas importantes" que irão ao congresso, nomeadamente a proposta de revisão dos estatutos, a figura do secretário-geral, com uns a defenderem que deve passar a ser indigitado pelo presidente do partido e com outros a advogarem que deve continuar a ser eleito.

O congresso do PRS ocorre quando a Guiné-Bissau vive uma prolongada crise política e institucional, com a comunidade internacional a pedir o cumprimento do Acordo de Conacri.

O Acordo de Conacri, patrocinado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, prevê a formação de um Governo consensual integrado por todos os partidos representados no parlamento e a nomeação de um primeiro-ministro de consenso e da confiança do chefe de Estado.

O atual Governo, de iniciativa presidencial, é suportado pelo PRS e pelo Grupo dos 15, deputados dissidentes do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), vencedor das legislativas de 2014, que não apoia atual executivo, à semelhança de mais três partidos com representação parlamentar.

Na quarta-feira, o Conselho de Segurança das Nações Unidas voltou a pedir o cumprimento do Acordo de Conacri e a nomeação de um novo primeiro-ministro na Guiné-Bissau.

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