"O nosso sentimento de solidariedade e de profunda simpatia vão para todos os afetados por esta horrível calamidade natural, sobretudo as famílias enlutadas, e desejamos rápidas melhoras aos feridos e resgate dos desaparecidos na sequência deste triste acontecimento", escreveu Nyusi a Ram Baran Yadav

Na carta hoje divulgada, o Presidente moçambicano diz ter acompanhado com "grande choque as notícias sobre a tragédia" ocorrida a 25 de abril e que "resultou em perdas imensas de vidas e ferimentos em milhares de pessoas e destruição de infraestruturas económicas e sociais, incluindo sítios de património histórico e cultural de elevado valor".

Mais de sete mil pessoas morreram no sismo de 7.8 na escala de Richter que atingiu a 25 de abril o Nepal e alguns países vizinhos.

Os responsáveis pelas equipas de emergência revelaram terem já recolhido 7.040 corpos e que o número de feridos é agora superior a 14 mil.

Noutra nota divulgada pela Presidência moçambicana, Filipe Nyusi, dirigiu-se também ao Presidente do Zimbabué por ocasião dos 35 anos da independência do país vizinho, assinalada a 18 de abril.

"Ao comemorarmos esta importante ocasião, gostaria de usar esta oportunidade para reiterar o nosso contínuo compromisso de reforçar cada vez mais os excelentes laços de amizade e cooperação existentes entre os nossos dois países irmãos", escreveu Nyusi ao seu homólogo zimbabueano, Robert Mugabe, também presidente em exercício da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e da União Africana.

"Tenho plena convicção que sob a vossa sábia liderança e orientação o povo do Zimbabué e, na verdade, os povos da região da SADC e do continente africano em solidariedade e cooperação alcançarão novos patamares na sua aspiração por uma vida melhor", afirmou o chefe do Estado moçambicano.

A Presidência de Moçambique libertou ainda um terceiro comunicado, relativo ao Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, que hoje se celebra, e no qual Filipe Nyusi assume o compromisso de "liderar um Governo comunicativo com o povo, onde o acesso à informação não seja meramente um direito Constitucional, mas sim uma prática quotidiana".

Moçambique é considerado um país com uma imprensa "parcialmente livre", segundo um relatório revelado recentemente pela organização Freedom House, à semelhança da maioria dos países da África Austral, onde Angola e Zimbabué figuram como os piores exemplos.

Na sua nota, o Presidente moçambicano diz estar "ciente dos desafios que ainda prevalecem no exercício da profissão jornalística, entre os quais o acesso à informação e as condições de trabalho", mas exorta por outro lado "os profissionais da comunicação social a refletirem sobre a responsabilidade da classe perante a sociedade".

HB // EL

Lusa/Fim