A vitória de Bashir num escrutínio boicotado pela oposição era esperada.

"O número de votos obtidos pelo candidato Omar Hassan Ahmed al-Bashir, do Partido do Congresso Nacional, foi 5.252.478, ou seja, 94,5%", declarou o chefe da Comissão Eleitoral, Mokhtar al-Assam, perante a imprensa em Cartum, 10 dias após a realização do escrutínio.

Alguns elementos da assistência acolheram o anúncio aos gritos de "Allah Akbar" (Deus é grande, em árabe).

Bashir, alvo de um mandado de detenção do Tribunal Penal Internacional por genocídio no Darfur, tinha como concorrentes 13 candidatos pouco conhecidos. A oposição boicotou o escrutínio, considerando não estarem reunidas as condições para uma eleição livre e justa.

O candidato que ficou em segundo lugar, Fadl el-Sayed Shouiab, do pequeno Partido da Verdade Federal, obteve apenas 1,43% dos votos.

Segundo a Comissão Eleitoral, a participação foi de 46,4% nos quatro dias em que decorreu a votação, de 13 a 16 de abril. Os sudaneses escolheram igualmente os seus representantes para a assembleia nacional e assembleias regionais.

Estas segundas eleições multipartidárias desde a chegada ao poder de Bashir, em 1989, após um golpe de Estado, foram criticadas pela União Europeia, Reino Unido, Noruega e Estados Unidos.

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