Num breve comunicado, a agência de notícias chinesa refere que Xi vai estar em Hong Kong para "inspecionar" a Região Administrativa Especial chinesa, sem avançar detalhes.

O secretário para a Segurança de Hong Kong, Lai Tung-kwok, apelou à compreensão da população para as necessárias medidas de segurança durante a visita do Presidente chinês à cidade, escreve a Rádio e Televisão Pública de Hong Kong (RTHK).

A segurança foi reforçada, comparando com a visita há dez anos do então Presidente Hu Jintao, e a imprensa enfrenta maiores restrições.

Os jornalistas têm agora de submeter os seus números de cartão de identificação à polícia antecipadamente para a visita de Xi Jinping, algo que não foi exigido há dez anos, aquando do décimo aniversário da transição da antiga colónia britânica para a soberania chinesa, refere a RTHK.

Lai disse que o reforço das medidas de segurança era necessário para que as autoridades possem tratar os pedidos de cobertura de forma suave e eficiente.

Questionado sobre se as pessoas teriam de passar por postos de controlo de identificação caso estejam perto das áreas visitadas por Xi Jinping, Lai disse que estas questões eram "muito detalhadas" e que não dispunha de detalhes operacionais sobre a atuação da polícia.

Xi Jinping, também secretário-geral do Comité Central do Partido Comunista da China e presidente da Comissão Militar Central, vai igualmente marcar presença na tomada de posse do quinto governo daquela Região Administrativa Especial chinesa, liderado por Carrie Lam.

Primeira mulher a desempenhar o cargo, Carrie Lam foi eleita, a 26 de março, por um comité formado por apenas 1.200 membros de diversos setores da sociedade.

A transferência de soberania do território do Reino Unido para a China realizou-se a 01 de julho de 1997, passando a designar-se Região Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK).

Ao abrigo desse estatuto, Hong Kong, tal como Macau, é governada sob o princípio "um país, dois sistemas", havendo nas duas cidades liberdades que não existem no resto da China.

No início de maio, o jornal South China Morning Post noticiou que dez mil agentes policiais iriam ser mobilizados em Hong Kong para as cerimónias do 20.º aniversário da transferência de soberania do Reino Unido para a China.

Mais de um terço de toda a força policial da RAEHK vai garantir a segurança dos líderes, incluindo o Presidente da China, que vão assistir às cerimónias, acrescentou o diário.

Também em maio foram realizados exercícios policiais antiterroristas de grande dimensão na cidade.

FV (DM) // FV.

Lusa/fim