"Alguns dão-nos conselhos. Eles dizem que estão preocupados. Metam-se nos seus assuntos! Olhem para os seus próprios atos", disse Recep Tayyip Erdogan, a partir do palácio presidencial.

"Nem uma única pessoa veio para dar condolências, nem a União Europeia ... ou do Ocidente". E, então, eles dizem que 'Erdogan tem tanta raiva'!", sublinhou o Presidente, já irritado.

"Esses países ou líderes que não estão preocupados com a democracia da Turquia, com a vida do nosso povo, com o seu futuro - estão preocupados com o destino dos golpistas -, não podem ser nossos amigos", acrescentou.

Erdogan prometeu tomar todas as medidas, "dentro dos limites da lei", para a Turquia levar à justiça os autores da tentativa de golpe, que ocorreu a 15 de julho e no qual morrem mais de 200 pessoas.

O Presidente turco acrescentou que, num gesto de boa vontade, abandonou centenas de processos lançados contra pessoas acusadas de o insultar. As autoridades haviam dito, no início deste ano, que mais de 2.000 pessoas estavam sendo processadas por insultar o Presidente turco.

O primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, disse hoje também que a Turquia conseguiu erradicar todos os elementos militares ligados ao clérigo Fethullah Gülen (que vive nos Estados Unidos), depois da demissão de quase metade de seus generais e a prisão de muitos militares.

"Nós vamos tornar as nossas forças armadas mais fortes e vamos trabalhar para tornar este país mais seguro", disse Yildirim.

Nos últimos dias, a forças de segurança turcas têm detido milhares de pessoas, como jornalistas, professores universitários, entre outros.

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Lusa/fim