José Pacheco, que tinha sido afastado do cargo de ministro da Agricultura, viu-lhe atribuída a pasta dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, a terceira depois de ter sido nomeado Ministro do Interior em 2005 e após ter sido designado em 2010 para a Agricultura.

Ernesto Max Tonela, que na terça-feira foi exonerado das funções de ministro do Comércio e Indústria, foi escolhido para liderar os Recursos Minerais e Energia.

Como novo nome no Governo surge Higino Francisco Marrule, nomeado ministro da Agricultura e Segurança Alimentar.

O analista Fernando Lima, comentador político e presidente do grupo de comunicação social Mediacoop, disse à Lusa que a escolha de Marrule "é claramente uma boa surpresa, porque é um quadro da agricultura com muita experiência prática e teórica e uma das suas qualidades é pensar fora da caixa", ou seja, ir além das ideias convencionais.

A nomeação de Max Tonela para os Recursos Minerais e Energia "já se esperava anteriormente", tendo em conta que é "um quadro muito próximo do Presidente Nyusi e que esta é uma área muito sensível", referiu.

Por outro lado, Tonela "está à vontade" com os dossiês de Energia, tendo em conta que já liderou a Hidroelétrica de Cahora Bassa e a empresa Eletricidade de Moçambique.

Fernando Lima considera ainda que a nomeação de José Pacheco para o MNEC terá sido decidida por Nyusi tendo em conta "respeito por lealdades políticas recentes".

"É uma aposta política temerária do PR e vamos ver se José Pacheco tem a flexibilidade que se espera de um diplomata", qualidade que segundo Fernando Lima "não mostrou ter noutras pastas" que já teve em seu poder.

Das três áreas em que houve exonerações na terça-feira, fica por nomear um ministro do Comércio e Indústria.

LFO // FPA

Lusa/fim