"Nos próximos quatro anos não se realizarão eleições ordinárias. Será, em princípio, um período sem disputas eleitorais, propício ao aprofundamento do debate de questões que interessam, sobremaneira, ao país e que reclamam a contribuição de todos", disse Jorge Carlos Fonseca, no ato de posse para um segundo mandato como Presidente da República de Cabo Verde.

O chefe de Estado, reeleito a 02 de outubro, elegeu, entre outras, como principais questões do país a segurança, igualdade de género e violência contra as mulheres, participação democrática, política externa, ensino e educação, juventude, comunidades emigrada, economia, cultura.

Também disse que estará atento ao escrupuloso respeito pelo estatuto da oposição democrática e das minorias em geral.

"As maiorias, por mais expressivas que sejam, legitimam-se no dia-a-dia pela sua ação em prol da inequívoca realização do bem comum, pelo respeito pelas minorias e pela escrupulosa submissão dos limites imposto pela Constituição da República e pelas leis", especificou.

O empossado chefe de Estado notou também o "alargamento preocupante" do fosso entre os grandes centros e a periferia, referindo que a questão da redução das assimetrias regionais vai ter um "lugar de destaque" no segundo mandato que ora se inicia.

Jorge Carlos Fonseca tomou posse para um segundo mandato como chefe de Estado cabo-verdiano numa cerimónia que contou com a presença do antigo Presidente Ramalho Eanes, que representou o Estado português, e também do ex-primeiro-ministro e presidente do Partido Social Democrata (PSD), Pedro Passos Coelho.

Jorge Carlos Fonseca, reeleito com 74% dos votos expressos, é o quarto Presidente da República de Cabo Verde, sucedendo-se a Aristides Pereira, António Mascarenhas Monteiro e Pedro Pires.

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