De partida para a conferência de líderes da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) a ter lugar, sábado na Nigéria, José Mário Vaz, disse aos jornalistas que viaja com "ideias claras" sobre o que vai transmitir aos seus homólogos.

"Vamos participar nesta conferência de chefes de Estado da CEDEAO com a nossa posição clara: Tudo o que possamos dizer lá fora é de que a solução aos nossos problemas tem que partir dos próprios guineenses e cá dentro", observou José Mário Vaz.

Expressando-se em crioulo, para passar melhor a mensagem, como o próprio admitiu, o líder guineense afirmou que não vai "permitir a internacionalização das soluções aos problemas" da Guiné-Bissau.

Antes da cimeira de líderes da CEDEAO, José Mário Vaz toma parte, na sexta-feira, numa reunião, também na Nigéria, com todos os signatários do Acordo de Conacri, instrumento político patrocinado pela organização sub-regional com o qual esperava acabar com a crise política na Guiné-Bissau.

Para anteceder aquela reunião, José Mário Vaz lamentou que alguns subscritores do Acordo de Conacri, nomeadamente os líderes do PAIGC, Domingos Simões Pereira, e do parlamento, Cipriano Cassamá, tenham faltado a um encontro que queria promover, em Bissau.

Quanto à crise política que dura há cerca de três anos, o Presidente guineense defendeu que, embora tenha causado "muitos males" ao país permitiu que aos cidadãos saberem o que cada um dos líderes pode fazer para o país.

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