A operação da polícia desencadeou protestos entre os comerciantes e frequentadores da zona de Kowloon que, segundo a polícia, acabaram por lançar pedras, contentores e garrafas às forças de segurança.

A polícia respondeu com gás pimenta e disparos de aviso.

O subcomandante da polícia de Hong Kong Crusade Yau Siu-kei disse ao jornal South China Morning Post que é provável que o protesto contra a polícia estivesse preparado e organizado porque, assegurou, os manifestantes tinham carros para transportar escudos, capacetes e luvas, entre outros objetos.

Outras testemunhas queixaram-se, por seu turno, da violência policial, em declarações ao mesmo jornal.

A polícia deteve 24 pessoas, acusadas de ataque às forças de segurança, resistência à detenção, alteração da ordem pública e de obstaculizarem o trabalho policial.

O Governo de Hong Kong, uma região chinesa com administração especial, já condenou os protestos.

O chefe do Executivo, Leung Chun-ying, disse que um 'mob' (grupo organizado) atacou a polícia e jornalistas.

Segundo Leung, carros da polícia e de privados ficaram danificados e agentes das forças de segurança foram alacados com diversos objetos mesmo depois de já estarem caídos no chão e feridos.

"Penso que as pessoas poderão ver por si próprias nas imagens da televisão a seriedade da situação. O Governo [de Hong Kong] condena com firmeza estes atos violentos", afirmou, prometendo levar os culpados à justiça.

Esta é o maior episódio de violência em Hong Kong desde os protestos pró-democracia de 2014.

MP // MP

Lusa/Fim