O texto, mais extenso que o habitual, faz referência às principais dúvidas dos deputados, e afirma designadamente que a intervenção militar não vai incluir tropas terrestres e inclui-se "numa missão mais ampla para trazer a paz e a estabilidade" ao país do Médio Oriente.

O Governo conservador, que pretende assegurar um amplo poio parlamentar, faz referência a uma recente resolução da ONU como "base legal" para o ataque, ao solicitar aos Estados que adotem as "medidas necessárias" para prevenir atentados do grupo extremista Estado Islâmico (EI).

Cameron deseja associar-se aos bombardeamentos aéreos na Síria liderados pelos Estados Unidos, que já foram rejeitados pelo parlamento de Londres em 2013, mas ainda não parece seguro sobre a obtenção da necessária maioria parlamentar.

Para além do Partido Trabalhista (Labour), opõem-se ao ataque o Partido Nacionalista Escocês (SNP) e diversos deputados conservadores, por considerarem que o envolvimento militar britânico apenas agravará a situação na Síria.

No entanto, e pelo facto de os deputados trabalhistas terem liberdade de voto, numa câmara em que os conservadores garantem maioria absoluta, diversos observadores admitem a aprovação da moção.

No texto apresentado terça-feira, o Governo assegura que vai continuar a fornecer ajuda aos refugiados sírios e reconhece a importância de "planificar a estabilização e reconstrução pós-conflito", e interromper as fontes de financiamento do EI.

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