O papa falava para mais de um milhão de participantes - de acordo com os serviços de segurança - concentrada para uma vigília em Brzegi, a 15 quilómetros de Cracóvia.

Esta vigília antecede o final das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ).

Depois de ter ouvido os testemunhos de uma polaca, uma síria e um paraguaio Francisco pediu aos jovens que combatam uma paralisia "perigosa e por vezes difícil de identificar", que "nasce quando se confunde a felicidade com um sofá".

"Um sofá que nos ajuda a sentir à vontade, tranquilos, em segurança. Um sofá - como existem agora, modernos, com massagens, incluindo para dormir - que nos garante horas de tranquilidade para nos transferir para o mundo dos jogos vídeo e a passar horas em frente ao computador", disse.

"Sem nos darmos conta, deixamo-nos adormecer e ficamos entorpecidos e embrutecidos, enquanto outros - talvez mais despertos, mas não melhores - decidem o nosso futuro", sublinhou.

O papa declarou ainda que "o tempo atual não precisa de jovens-sofá, mas de jovens com sapatos".

"Não vimos ao mundo para 'vegetar', mas para deixar a nossa marca", sublinhou.

A vigília, testemunhos e meditação do papa foram acompanhados por cânticos, demonstrações de 'break-dance', números de acrobacia e quadros vivos, como o evocativo do perdão de João Paulo II ao turco Ali Agca, que tentou matar Karol Wojtyla na praça de São Pedro, a 13 de maio de 1981.

Os jovens, equipados com sacos-cama, vão dormir ao ar livre, aguardando a missa final das JMJ, no domingo.

EJ // EL

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