A ONU anunciou hoje que o programa, denominado "Transforma o Nosso Mundo, programa de desenvolvimento sustentável até 2030", deve ser formalmente adotado pelos líderes mundiais na próxima Assembleia-geral da Organização, a realizar em Nova Iorque, na sede das Nações Unidas, entre 26 e 27 de setembro.

Os números variam entre os 3.500 mil milhões de dólares (3,1 mil milhões de euros) e os 5.000 mil milhões de dólares (4,5 mil milhões de euros) por ano", disse à imprensa o embaixador do Quénia na ONU, Macharia Kamau, cujo país copresidiu às negociações com a Irlanda.

"Isto são números astronómicos", reconheceu o embaixador, acrescentando que o programa é "ambicioso, mas não impossível de alcançar".

O programa, que foi negociado durante dois anos, incluiu 17 metas de desenvolvimento sustentável em 169 "alvos". O primeiro é erradicar a pobreza em todas as suas formas e em todos os lugares do mundo, enquanto outros dizem respeito à saúde, acesso à educação, redução das desigualdades, igualdade do género e boa governação.

O acordo sobre a nova agenda de desenvolvimento "anuncia um ponto de viragem histórico para o planeta", afirmou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon.

"É um programa de povos, um plano de ação para acabar com a pobreza em todas as suas formas, irreversivelmente, em qualquer lugar e sem deixar ninguém de fora", disse Ban Ki-Moon, sublinhando que também visa garantir a paz e a prosperidade.

O novo programa vem substituir os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio, adotados em 2000, e que durante os últimos 15 anos conseguiu, segundo a ONU, ajudar a escapar à pobreza 700 milhões de pessoas.

"Estamos determinados a libertar a raça humana da tirania da pobreza e curar e proteger o nosso planeta para as gerações presentes e futuras", refere o texto do programa.

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