As negociações em curso em Lausanne, na Suíça, foram suspensas esta noite e devem recomeçar na manhã de hoje.
"Esta noite o Presidente teve uma reunião por videoconferência com os membros da sua equipa de segurança nacional para discutir as negociações do grupo 5+1 (Estados Unidos, China, Rússia, França, Reino Unido e Alemanha) com o Irão", afirmou em comunicado, a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Bernadette Meehan.
"O Presidente foi informado sobre o avanço das negociações pelo secretário de Estado, John Kerry, secretário da Energia, Ernest Moniz, e por outros membros da equipa de negociações em Lausanne (Suíça), e a agradeceu a todos os seus esforços", acrescentou.
O vice-presidente, Joe Biden, o secretário de Defesa, Ashton Carter, e a assessora de segurança nacional, Susan Rice, também participaram na reunião.
O chefe da diplomacia da Rússia, Serguei Lavrov, assegurou esta noite em Lausanne, Suíça, que as seis potências mundiais chegaram a um acordo nuclear com o Irão nos temas chave.
"Agora pode-se anunciar com confiança suficiente que os ministros alcançaram um acordo nos principais temas", disse aos jornalistas o ministro dos Negócios Estrangeiros russo.
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Mohamed Yavad Zarif, também confirmou um grande avanço nas negociações, sublinhando esperar que um acordo ainda seja redigido durante o dia de hoje.
As seis potências e o Irão esperam "terminar o trabalho quarta-feira", declarou.
O ministro iraniano acrescentou que os trabalhos vão ser retomados entre as 06:00 e 07:00.
"Em seguida começamos a escreve o acordo final que deve estar concluído até ao final de junho", disse o ministro iraniano.
O prazo para a obtenção de um compromisso nas negociações sobre o nuclear iraniano tinha sido fixado até 31 de março. O prazo expirou à meia-noite de terça-feira, mas várias delegações disseram que tinham feito progressos suficientes para continuar as discussões hoje e tentar resolver as questões pendentes.
A comunidade internacional receia que o Irão possa desenvolver armas atómicas a pretexto de um programa nuclear civil, o que é negado por Teerão, que insiste no seu direito a usar a energia nuclear com fins pacíficos.
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