As causas da explosão, que causou o colapso de dois prédios nesta província do noroeste da Síria, ainda não são conhecidas, indicou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

"O balanço aumentou com a descoberta de novas vítimas nos escombros", na localidade de Sarmada, precisou o OSDH.

Segundo o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahmane, o depósito estava situado num edifício residencial de Sarmada e pertencia a um traficante de armas que trabalhava para Hayat Tahrir al-Cham (HTS), um grupo 'jihadista' formado por uma ex-ramificação síria da Al-Qaida, que controla a maioria da província, acrescentou.

A maior parte das vítimas são familiares de combatentes do HTS, precisou Abdel Rahmane.

Segundo um membro dos Capacetes Brancos, os socorristas retiraram cinco sobreviventes dos escombros. Entre os mortos figuram mulheres e crianças, afirmou.

A província de Idleb é uma das últimas a escapar ao controlo do regime sírio, que recentemente afirmou que a conquista deste território era um dos seus objetivos e intensificou os ataques aéreos à região, com o apoio dos aliados russos.

Cerca de 60% da província está sob controlo do HTS e o resto está sob domínio de diferentes grupos rebeldes, havendo também a presença de células do grupo 'jihadista' Estado Islâmico.

O conflito na Síria começou em 2011 e tornou-se mais complexo ao longo dos anos, com o envolvimento de países estrangeiros e grupos 'jihadistas', num território cada vez mais fragmentado. A guerra já fez mais de 350 mil mortos e milhões de deslocados e refugiados.

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Lusa/fim