"É uma meta possível e já temos parceiros que mostram interesse e disponibilidade em apoiar o plano", disse Carlos Alberto Yum.

O administrador executivo da EDM falava hoje em conferência de imprensa, em Maputo.

Para o cumprimento do plano, a empresa pública precisa de garantir 350 mil novas ligações de energia por ano em todo país.

Atualmente, segundo os dados da própria instituição, a EDM consegue realizar 150 mil novas ligações por ano.

"É verdade que é um plano que nos assusta, tendo em conta a nossa média de novas ligações por ano, mas olhando para as experiências de países como o Quénia, que há seis anos tinha taxas como as nossas, acreditamos que é possível", reiterou Carlos Alberto Yum.

A União Europeia, o Banco Mundial, a Noruega e a Suécia já mostraram interesse em apoiar o país neste plano, sublinhou.

A aposta na modernização da empresa é também apontada como fundamental para o cumprimento do programa, um processo que, segundo Yum, já começou e visa enquadrar a instituição em padrões internacionais.

O administrador executivo acrescentou ainda que, durante a execução do plano, a construção de infraestruturas de base nos locais de expansão será uma prioridade.

"Não podemos fazer várias ligações e depois prejudicar a rede toda", observou Carlos Alberto Yum, apontando como um dos principais desafios o facto de as obras e operações necessárias terem de ser feitas com a rede em funcionamento.

No total, a empresa quer que a rede elétrica chegue 20 milhões de moçambicanos nos próximos 12 anos, o que totaliza cerca de 4 milhões de famílias.

Atualmente, dos cerca de 28 milhões de moçambicanos, oito milhões tem acesso a energia elétrica da rede nacional, o correspondente a uma cobertura de cerca de 26%, graças a seis mil quilómetros de linhas de transmissão ao longo do país, segundo dados da EDM.

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