"Há um golpe de Estado em marcha, desde fora e com ligações internas", denunciou o general, numa entrevista ao canal privado Televen.

Segundo o ministro, o golpe de Estado é apoiado por "corporações de meios de comunicação social", por políticos espanhóis, pelo parlamento europeu e por porta-vozes dos Estados Unidos da América, depois de o Presidente norte-americano, Barack Obama, ter dado "deu luz verde" para o Governo da Venezuela ser apontado como "ilegítimo".

Vladimir Padrino López afirmou que a realidade venezuelana "é muito complexa" e "há uma política de desgaste" que "tenta minar" as Forças Armadas Venezuelanas (FAV) "e o que representam para o Estado e para a sociedade".

"Estamos tomando medidas para que as FAV se convertam numa muralha, para pôr fim a todas as ameaças internas e externas", disse.

Por outro lado, considerou "uma apreciação errática, desproporcionada, perversa, mesquinha e tendenciosa" afirmar que as FAV e o Supremo Tribunal de Justiça "apoiam o Governo", porque são duas instituições ao serviço do país.

"O Governo apoia-se na eleição popular (...) Desde as FAV está garantida a instituição da democracia, as Forças Armadas vêm e observam quais são as ameaças para depois atuar", frisou.

Vladimir Padrino López apelou ainda à "concórdia" entre os venezuelanos.

FPG // MP

Lusa/Fim