Numa carta apresentada ao chefe de Estado brasileiro, Ronaldo Nogueira disse que deixava o cargo porque pretende candidatar-se e ser reeleito deputado nas próximas eleições, que serão disputadas em outubro de 2018.

"Como decidi que apresentarei o meu nome à elevada apreciação do povo gaúcho [do estado brasileiro do Rio Grande do Sul] nas eleições do ano que vem, e de forma coerente com aquilo que sempre preguei, venho por meio desta pedir a minha exoneração do cargo de ministro de Estado do Trabalho", escreveu na carta de demissão.

Ronaldo Nogueira disse também que deixava o cargo com "sentimento de dever cumprido" e que voltará à Câmara dos Deputados [câmara baixa do Congresso] para defender "reformas que modernizem a sociedade brasileira".

Foi na gestão de Ronaldo Nogueira que o Brasil aprovou uma ampla e polémica reforma nas leis laborais que alteraram dezenas de regras sobre as relações dos empregados e empregadores.

Ronaldo Nogueira também ficou conhecido por defender e aprovar uma portaria que flexibilizou a fiscalização do trabalho escravo no Brasil, atualmente suspensa por decisão liminar emitida por uma juíza do Supremo Tribunal Federal (STF).

O seu último ato do político enquanto ministro do Trabalho do Brasil foi a divulgação dos dados sobre o desemprego, que revelam mais 12 mil desempregados no país em novembro.

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