Atrás de uma faixa, na qual se podia ler "Impedir hoje os 'pogroms' de amanhã", os manifestantes responderam ao apelo de uma organização de luta contra a extrema-direita, a Aliança Anti-Nazis, perante um importante número de polícia antimotim.

A Saxónia, estado regional cuja capital é Dresden, conheceu vários incidentes graves com refugiados e é também o berço do movimento Pegida (Patriotas europeus contra a islamização do ocidente), cujas manifestações reuniram até 25 mil pessoas em janeiro último.

Em Heidenau, cidade de 16 mil habitantes a alguns quilómetros a sul de Dresden, confrontos entre a polícia e militantes de extrema-direita, que se manifestavam contra um centro de refugiados, fizeram no fim de semana passado várias dezenas de feridos.

Na quarta-feira, a chanceler alemã, Angela Merkel, escolheu Heidenau para efetuar uma primeira visita a um centro de refugiados durante a qual afirmou, sob as vaias de manifestantes de extrema-direita, que na Alemanha não havia "qualquer tolerância para aqueles que põem em causa a dignidade de outros".

A Alemanha regista um fluxo de migrantes sem precedentes, com os organismos responsáveis a preverem a chegada de 800 mil requerentes de asilo este ano.

EJ // CSJ

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