O ataque contra o Museu Nacional do Bardo, o mais prestigiado do país e localizado ao lado do Parlamento, foi reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI).

Entre os convidados internacionais que confirmaram presença estão os chefes de Estado francês e polaco, François Hollande e Bronislaw Komorowski, respetivamente, o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, e o chefe da diplomacia espanhola, José Manuel Garcia-Margallo.

Tunes espera igualmente a presença dos primeiros-ministros italiano e argelino, Matteo Renzi e Abdelmalek Sellal, respetivamente, e da Alta Representante da União Europeia (UE) para a Política Externa e Segurança, Federica Mogherini.

Portugal vai estar representado pelo secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Bruno Maçães, e pelo vice-presidente da Assembleia da República, Miranda Calha.

Na sexta-feira, as autoridades tunisinas afirmaram que pretendiam reunir várias dezenas de milhares de pessoas nas ruas de Tunes.

"Acredito que estarão dezenas de milhares de pessoas, além do Presidente [tunisino] Beji Caid Essebsi", declarou na altura o porta-voz da Presidência, Moez Sinaoui, salientando a "união sagrada" do país perante o "terrorismo".

Beji Caid Essebsi lançou um apelo na quarta-feira na televisão nacional para que o povo tunisino participasse hoje na marcha, cujo início está previsto para as 11:00 locais (a mesma hora de Lisboa) na praça Bab Saadoun. A marcha vai terminar em frente ao Museu do Bardo.

"Faço um apelo a todos os tunisinos -- jovens, adultos, crianças -, para participarem nesta marcha para expressar a força da Tunísia", declarou então o chefe de Estado, numa breve intervenção.

O ataque de 18 de março foi perpetrado por dois homens armados com 'kalashnikovs' que abriram fogo contra dezenas de turistas estrangeiros. No total, 20 turistas estrangeiros e um polícia tunisino morreram, além dos dois atacantes, que foram mortos pela polícia.

Em janeiro deste ano, outra marcha contra o terrorismo conseguiu reunir em Paris entre 1,2 e 1,6 milhões de pessoas e cerca de 50 líderes mundiais.

A iniciativa, que decorreu a 11 de janeiro, foi promovida por François Hollande depois do ataque contra o semanário satírico francês Charlie Hebdo e um supermercado judaico na capital francesa.

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