"Onde havia a iniciativa dos empresários, passa a haver um acordo de enquadramento global, de definição de prioridades, de formas de financiamento dessas prioridades, de métodos e de calendários", disse o chefe de Estado, na sessão de abertura do Fórum Económico luso-são-tomense.

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, o objetivo é ainda alargar o campo de intervenção a outras áreas, como o domínio do mar, a energia, as infraestruturas, "mas sobretudo com uma visão de conjunto".

"É chegado o momento de entrar numa nova fase, num novo patamar mais ambicioso que não deita fora nada dos pressupostos essenciais das pré-condições do crescimento económico, mas adita-lhes uma realidade nova, que se vai traduzir [...] num acordo de parceria económica global entre os dois países", disse.

De acordo com o Presidente, este acordo vai ser assinado durante a visita do primeiro-ministro português, António Costa, a São Tomé e Príncipe, que se vai realizar "até meados deste ano".

Marcelo Rebelo de Sousa considerou que este acordo "é ir para além do bilateral, pode enquadrar-se numa visão que seja revitalizadora no quadro da CPLP por constituir um exemplo, um precedente, uma nova fórmula de enquadramento entre Estados e sociedades" e que os empresários estão "no núcleo duro" dessa parceria.

O chefe de Estado considerou, dirigindo-se ao primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada, que "vale a pena" às vezes "ter um ou outro momento de angústia existencial ou pelo menos de acicate antecipatório, nem que mais não seja para dizer que teve razão histórica".

Marcelo referia-se às críticas que o primeiro-ministro são-tomense fez ao nível da cooperação portuguesa.

"Se isso for bom para São Tomé, tanto melhor", concluiu.

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