Segundo a Direção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), a subida anual homóloga do número de visitantes que escolheram Macau como destino ficou a dever-se ao facto de o Ano Novo chinês ter sido celebrado em janeiro, ao contrário do que sucedeu em 2016, quando a 'semana dourada' calhou em fevereiro.

Da China, que figura como o principal mercado, chegaram 1,99 milhões de visitantes ou 69,4% do total em janeiro -- valor que traduz uma subida de 20,4%.

Do universo global de visitantes procedentes da China, a DSEC salienta o aumento significativo -- de 43,8% em termos anuais -- dos que viajaram para Macau com visto individual (1,12 milhões), dada a política de vistos da China -- considerada ainda "relativamente restritiva" pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

Como sublinha o FMI, no mais recente relatório sobre Macau, publicado na semana passada, a população da China elegível para visitar a Região Administrativa Especial de Macau ao abrigo do Esquema de Vistos Individuais representa 47% do total, sendo que 34% se concentra numa única província vizinha (Guangdong, donde chegaram, em janeiro, 991.200 visitantes).

O número de visitantes de Hong Kong (527.218) e da Coreia do Sul (81.448) também cresceu -- ambos registaram uma subida de 17,6% face a janeiro do ano passado --, enquanto o de oriundos de Taiwan (84.263) sofreu uma ligeira diminuição (-2%).

O universo de visitantes procedentes dos Estados Unidos (15.434), Canadá (6.089) ou Reino Unido (4.163) também subiu em termos anuais, registando-se, em contrapartida, entre os destinos mais distantes, uma descida no número de visitantes da Austrália (9.230 ou -2,1%).

Seis em cada dez visitantes cruzaram as fronteiras terrestres (1,79 milhões) em janeiro -- mais 19,8% face a janeiro de 2016.

A via marítima foi opção escolhida por 859.949 visitantes -- mais 14,1% --, enquanto pelo aeroporto entraram 216.775, um aumento de 13,8% em termos anuais homólogos.

Do total de visitantes de janeiro (2,87 milhões), 1,36 milhões eram turistas -- mais 18,9% --, enquanto os restantes 1,51 milhões viajaram integrados em excursões, ou seja, mais 16,4% face ao mesmo mês de 2016, segundo os mesmos dados da DSEC.

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