A tempestade tropical, classificada já como a maior do ano, causou pelo menos 64 mortos e 33 feridos nas Filipinas, onde outras 45 pessoas continuam desaparecidas, de acordo com o último balanço da polícia local. Pelo menos outra pessoa morreu em Taiwan e outras duas perderam a vida na província de Guangdon, no sul da China, segundo um canal de televisão local.

O tufão, que está a afastar-se gradualmente de Macau e que se encontra ao final da noite a mais de 320 quilómetros do território, continua a obrigar as autoridades a manterem em vigor o sinal 8 de tempestade tropical, o terceiro alerta mais elevado.

Desde que o sinal 8 ou superior foi içado em Macau foram assistidas 17 pessoas no Centro Hospitalar Conde de São Januário (CHCSJ), no Posto de Urgência das Ilhas, no Hospital Kiang Wu e no Centro de Saúde: 12 do sexo masculino e cinco do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 03 e os 87 anos. Quinze vivem em Macau e duas são residentes do interior da China.

O Serviço de Urgência do CHCSJ recebeu três feridos, o Posto de Urgência das Ilhas recebeu cinco, o Centro de Saúde recebeu uma e o Hospital Kiang Wu oito.

Os feridos foram assistidos devido a ferimentos que incluem desde cortes a fraturas em diferentes membros.

Uma pessoa está ainda internada no CHCSJ e três no Hospital Kiang Wu, para observação e tratamento, enquanto as outras já receberam alta.

Uma pessoa de 87 anos sofreu uma fratura do fémur direito, devido a uma queda. O seu quadro clínico é considerado grave.

A situação clínica de seis das pessoas é apontada como moderada, enquanto as restantes dez apresentam ferimentos ligeiros.

A Lusa contactou às 21:00 (14:00 em Lisboa) o consulado-geral de Portugal em Macau e Hong Kong, que referiu não haver registo de vítimas entre portugueses nestes dois territórios.

No Aeroporto Internacional de Macau foram adiados ou cancelados 191 voos, mas as autoridades anunciaram que estes serão retomados gradualmente na segunda-feira, a partir das 08:00 (01:00 em Lisboa).

No momento em que foi reduzido de 10 para 8 o alerta de tempestade tropical, o Centro de Operações da Proteção Civil (OPC) informou que se verificaram 182 incidentes causados pela passagem do tufão até às 19:00 (12:00 em Lisboa).

A maioria dos casos assinalados pelo Centro de Operações da Proteção Civil (OPC) diz respeito a queda de reclamos, toldos, janelas e outros objetos (88), danos em construção, queda de reboco e outros objetos (30), queda de árvores (21) e de andaimes (13).

Para já foram reportados sete casos de inundações, uma das grandes preocupações das autoridades de Macau.

De acordo com o Instituto para os Assuntos Cívicos de Macau, a suspensão de energia elétrica determinou o encerramento do local de encontro para evacuação de emergência no Mercado da Praia do Manduco, não existindo residentes dentro das instalações, ressalvou aquela entidade.

A suspensão do abastecimento de energia elétrica em algumas zonas da cidade está a afetar 20 mil clientes em zonas que incluem a Praia do Manduco, a Rua do Almirante Sérgio, a Avenida Almeida Ribeiro, a Rua Ribeira do Patane, o Porto Interior e a Doca do Lam Mau.

O impacto do tufão levou o chefe do Governo de Macau a emitir um despacho no qual se determina o encerramento de todos os serviços públicos na segunda-feira, com exceção daqueles integrados na estrutura da Proteção Civil e de representação exterior.

Todas as instituições de ensino superior em Macau também decidiram suspender a sua atividade na segunda-feira.

Já as instalações culturais sob a alçada do Instituto Cultural, incluindo locais relacionados com a promoção do património, bibliotecas públicas, museus e salas de exposições, entre outras, serão encerradas na segunda e na terça-feira ao público para que se proceda à inspeção e limpeza daqueles espaços.

JMC // ROC

Lusa/Fim