O aquecimento global está a ocorrer no Ártico duas vezes mais depressa do que no resto do planeta. O contexto é de preocupação crescente com a subida do nível dos mares e a aceleração da fusão dos gelos.

Muitos receiam os impactos devastadores no Ártico do aquecimento, mas também dos movimentos de pessoas e da atividade industrial num ambiente virgem, na sua vida selvagem e na cultura inuit, do povo que habita este espaço.

Kerry vai participar na reunião do Conselho Ártico, que vai decorrer na cidade canadiana de Iqaluit, na ilha de Baffin.

Os EUA vão assumir formalmente em 24 de abril a presidência rotativa, durante dois anos, da entidade intergovernamental, que junta os países com territórios no Ártico, a saber, Canadá, Dinamarca, EUA, Federação Russa, Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia.

O Conselho Ártico pretende promover a cooperação na proteção ambiental, bem como ajudar a controlar a exploração petrolífera e mineral, navegação, turismo e pesca.

As prioridades dos EUA para a presidência deste fórum "incluem a resposta aos impactos das alterações climáticas, segurança no Oceano Ártico e a melhoria da economia e das condições de vida as populações no Ártico", disse a porta-voz do Departamento do Estado, Marie Harf.

A reunião ocorre alguns meses antes das conversações sobre as alterações climáticas em Paris, em dezembro, no quadro da Organização das Nações Unidas, que visam consagrar um pacto internacional para limitar o aquecimento global a um máximo de 2ºC em relação aos níveis pré-industriais.

Ocorre também depois de se conheceram más notícias para o Ártico, depois de dirigentes dos EUA terem informado em março que o gelo do Ártico registou o seu nível mais baixo, no inverno, desde que começaram as observações por satélite no final dos anos 1970.

RN // ARA

Lusa/fim