"Após consultas, a construção imediata de 300 habitações em Beit El foi autorizada", indica um comunicado, que anuncia também "o planeamento" de mais de 500 habitações em Jerusalém Oriental, parte palestiniana da cidade.

A decisão Benjamin Netanyahu foi divulgada quando o exército procedia hoje à destruição de duas casas em construção em Beit El, um colonato na Cisjordânia próximo de Ramallah, na sequência de uma decisão judicial.

Estas demolições resultaram em confrontos entre colonos e forças de segurança israelitas, de acordo com um fotógrafo da agência noticiosa francesa AFP.

No mês passado, o supremo tribunal israelita ordenou a demolição de dois edifícios e rejeitou esta manhã o recurso apresentado pelo empreiteiro contra a destruição.

O gabinete do primeiro-ministro israelita acrescentou que esta última autorização refere-se a "uma construção prometida há três anos pelo Governo israelita, na sequência da demolição de casas na colina de Ulpena", um bairro de Beit El onde colonos tinham construído ilegalmente.

Quanto ao projeto em Jerusalém Oriental, Netanyahu "autorizou o planeamento de habitações em Pisgat Zeev, Ramot, Guilo e Har Homa", bairros de colonos na parte ocupada e anexada por Israel desde 1967.

Perto de 400 mil colonos israelitas vivem atualmente na Cisjordânia ocupada e, dez anos depois da retirada unilateral israelita da Faixa de Gaza, uma maioria dos israelitas defende o reinício da colonização de Gaza.

Para a comunidade internacional, a colonização de Israel dos territórios palestinianos é o principal obstáculo a um processo de paz "esquecido" há vários anos.

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