"O momento deste encontro com a Coreia do Sul é oportuno, porque o Brasil passa por um período em que vai abrir oportunidades para comprar e vender produtos", afirmou o presidente da FIESP, Paulo Skaf, depois de reunir-se com a chefe de Estado sul-coreana, que se encontra de visita oficial ao Brasil.

Paulo Skaf defendeu que existem oportunidades de negócio para as empresas sul-coreanas no Brasil em áreas "especiais" como a construção civil, a indústria transformadora e o setor do petróleo e gás, interpretando como um "grande erro" o receio manifestado por alguns empresários estrangeiros em investir neste momento no Brasil.

A desconfiança agudizou-se sobretudo depois de ter estalado o gigantesco escândalo de corrupção na petrolífera estatal Petrobras -- a maior empresa do país -- e de o Produto Interno Bruto (PIB) ter avançado apenas 0,1% em 2014 com previsões oficiais de contração de aproximadamente 0,1% para este ano.

Park Geun-Hye e Paulo Skaf participaram, esta sexta-feira, em São Paulo, coração financeiro do país, no Encontro Empresarial Brasil-Coreia do Sul, o qual juntou na sede da FIESP empresários, investidores e membros dos governos de ambos os países.

No evento, a Presidente sul-coreana destacou a necessidade de "fomentar o desenvolvimento" entre o seu país e o Brasil, o qual procura aproveitar a experiência da nação asiática, sobretudo na indústria automóvel e no campo das energias alternativas.

A chefe de Estado sul-coreana expressou, nesse sentido, a "disponibilidade" para a cooperação bilateral em diversos setores e elogiou a "diversidade cultura" do Brasil, país que acolhe um significativo número de imigrantes sul-coreanos.

A Coreia do Sul é a quarta maior economia da Ásia e a 14.ª do mundo, com uma atividade assente na indústria, sendo o Brasil o seu 17.º parceiro comercial.

Park Geun-Hye também se reuniu na sexta-feira com a homóloga brasileira, Dilma Rousseff, num encontro em que se comprometeram a dar maior impulso ao comércio bilateral e a promover o investimento, a fim de apoiar o "crescimento sustentável" de ambas as economias.

No âmbito da visita de Park Geun-Hye ao Brasil foram firmados dez acordos internacionais nas áreas da economia, comércio, energia, saúde, ciência e tecnologia e energia e educação.

A visita oficial da chefe de Estado sul-coreana termina hoje, em São Paulo, após um encontro com representantes da comunidade sul-coreana residente no país, formada por cerca de 50 mil pessoas, a maioria das quais radicada naquela cidade.

O Brasil figura como a última paragem da visita de Park à América Latina, que também a levou à Colômbia, ao Peru e ao Chile.

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