A informação foi avançada na terça-feira pela Teledifusão de Macau (TDM) e hoje pelo jornal Hoje Macau, que relatam que o Centro Hospitalar Conde de São Januário (CHCSJ) foi condenado, em 20 de novembro, pelo Tribunal Administrativo, ao pagamento de mais de 2,2 milhões de patacas (232 mil euros) por danos patrimoniais e não patrimoniais, na sequência do caso relativo a um parto que remonta ao início de novembro de 2010.

No processo, em que também foi condenado o médico envolvido e absolvida a enfermeira, foi ainda imposta às partes a obrigação de suportar as despesas em tratamento, medicação ou ensino especial e tudo o que venha a ser necessário à criança, que tem hoje sete anos e é completamente dependente devido à paralisia cerebral profunda de que sofre.

Segundo a TDM, o Tribunal Administrativo deu como provado que foi por erro médico e negligência que a criança ficou com paralisia cerebral profunda no dia em que nasceu no hospital público, após uma gravidez sem incidentes.

De acordo com a emissora pública, o parto foi induzido com medicação repetida ao longo de horas, o que, segundo o tribunal, resultou em danos irreversíveis para o bebé que teve de ser reanimado ao fim de mais de 20 minutos sem oxigénio no cérebro.

Durante o julgamento do caso, que deu entrada no Tribunal Administrativo em 2013, de acordo com o Hoje Macau, o hospital público defendeu sempre a equipa médica em causa e os procedimentos seguidos.

Segundo a TDM e o Hoje Macau, tanto os Serviços de Saúde como os pais da criança recorreram da decisão.

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