Em declarações à agência Lusa, o Diretor Nacional de Ação Cultural, encarregue da organização do Carnaval de 2017, admitiu atrasos na entrega deste material aos grupos, que por sua vez já lamentaram a redução do apoio prestado pela organização, apesar de se tratar da maior festa popular do país.

"Vamos começar hoje mesmo a fazer a entrega de todo o material do Carnaval. Houve aí um atraso, mas já estamos em condições de poder fazer entrega a todas as províncias do país, quer dizer que neste momento já temos aqui cerca de 10 províncias que vão receber o respetivo material e as demais vamos entregando", explicou Carlos Vieira Lopes.

O Governo angolano apoia, por norma, com material e financeiramente, os vários grupos que em todas as capitais de província participam nos desfiles de Carnaval, mas que este ano se têm queixado de cortes.

O Carnaval em Angola envolve desfiles nas 18 províncias do país, com o seu arranque marcado já para sábado, em Luanda, com o desfile da classe infantil. No domingo está previsto o desfile da classe B e no dia 28 de fevereiro, terça-feira, atuam os principais grupos.

Só na cidade de Luanda, os desfiles envolvem 44 grupos de Carnaval, provenientes dos principais bairros da capital.

"A preparação a nível do país decorre da melhor maneira possível. Sabemos das dificuldades financeiras que o país está a viver, mas estamos a resolver alguns problemas, daí que solicitamos os governos provinciais a prestarem o apoio necessário aos respetivos grupos", justificou ainda o responsável.

A comissão organizadora do Carnaval de Luanda informou que vai colocar ao dispor do público duas bancadas com 840 lugares cada e os ingressos para assistir aos desfiles na marginal vão custar entre 500 e 1.500 kwanzas (2,85 a 8,60 euros)

Questionado sobre o orçamento global do Carnaval em Angola, Vieira Lopes não revelou números, considerando que o valor que foi disponibilizado pelo Governo em 2017 "não foi por ali além".

DYAS // SB

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