O atraso "não interessa a ninguém", acrescentou o chefe do Governo, Alexis Tsipras, entrevistado pelo jornal Avghi, de Atenas.

A Grécia enviou o projeto de reformas no início de janeiro, mas ainda não obteve qualquer resposta oficial por parte do Fundo Monetário Internacional (FMI), União Europeia e Banco Central Europeu (BCE), criticou Tsipras, referindo-se diretamente a "divergências" entre as instituições que constituem a 'troika'.

Há dez dias, a primeira ronda de discussões decorreu em Atenas entre as autoridades gregas e uma equipa de representantes da 'troika' sobre o plano de reformas.

No final da reunião não foi alcançada qualquer conclusão, sendo que as negociações devem ser retomadas "em breve", segundo o Governo de Atenas.

Na passada quinta-feira, o FMI criticou o plano de reformas apresentado pelo Governo liderado pelo Syriza, considerando que se trata de um conjunto de "hipóteses demasiado otimistas que vão fazer regressar o receio da saída da Grécia do Euro e prejudicar o clima negocial".

"Ainda esperamos por um plano credível que venha a permitir à Grécia atingir os objetivos ambiciosos sobre o orçamento", disse Paul Thomsen, chefe do departamento europeu do FMI.

Atenas já rejeitou as críticas, afirmando que, "no fundo, Thomsen exige a aplicação de um programa radicalmente diferente do que foi acordado" entre Atenas e a Zona Euro em julho de 2015, altura em que se verificou um novo empréstimo concedido ao país para evitar o "Grexit".

PSP // JLG

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