Wendy Sherman, que falava à chegada a Luanda para uma visita de trabalho de 24 horas, destacou os encontros que vai ter na capital angolana com a sociedade civil e com os partidos políticos.

"É muito importante que Angola realize eleições e vou conversar com membros do governo, sociedade civil e partidos políticos para saber o seu ponto de vista sobre as eleições. Os Estados Unidos darão toda a assistência que for necessária para que todas as vozes sejam ouvidas e o povo de Angola tenha eleições onde as suas vozes sejam ouvidas", disse a governante norte-americana.

"Os Estados Unidos vão apoiar eleições livres e justas", acrescentou.

Wendy Sherman, no cargo desde setembro de 2011, visita pela primeira vez o continente africano e nesta deslocação Angola é a segunda etapa de um périplo que começou na Nigéria e a levará ainda à Zâmbia, Malaui e Quénia.

Fontes da embaixada norte-americana em Luanda disseram que a visita a Moçambique, inicialmente incluída no périplo, foi anulada.

Na declaração feita à chegada, Wendy Sherman destacou o facto de Angola ser um dos três países da África subsaariana que mantêm uma parceria estratégica com os Estados Unidos, sublinhando que está com "grandes expetativas" relativamente às conversações que manterá com funcionários governamentais, sociedade civil, partidos políticos e representantes da comunidade empresarial do seu país estabelecida em Angola.

Democratização, política de segurança, diversificação económica e integração regional foram os temas que identificou para os encontros em Luanda.

Na agenda da visita está previsto para hoje somente um encontro, com representantes da sociedade civil.

Terça-feira, depois de reunir com representantes da comunidade empresarial norte-americana estabelecida em Angola, Wendy Sherman será recebida pelo Presidente José Eduardo dos Santos e depois almoça com representantes dos partidos políticos.

Antes de partir a meio da tarde para a Zâmbia, Wendy Sherman reúne-se ainda com o ministro das Relações Exteriores de Angola, Georges Chicoti.

Integram a comitiva norte-americana o secretário de Estado Assistente Adjunto, Reuben Brigety, e o enviado especial e coordenador para os Assuntos Internacionais de Energia dos Estados Unidos, embaixador Carlos Pascual.

Em 2011, os Estados Unidos foram o segundo maior comprador de petróleo angolano, com 17 por cento de quota das exportações de crude pela petrolífera angolana Sonangol.

EL.

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