"A partir de amanhã [segunda-feira] vamos colaborar com o Banco Central Europeu, que manteve uma posição neutra na semana passada, e teremos uma atitude positiva para com a Comissão Europeia", disse Yanis Varoufakis em conferência de imprensa.

Varoufakis defendeu que o "'não' de hoje é um 'não' à austeridade, um regresso aos valores da Europa".

"O 'não' é um grande 'sim' à Europa democrática", afirmou o ministro das Finanças, para enfatizar que o resultado de hoje é "uma grande ferramenta de colaboração com os parceiros".

Apesar do tom conciliador, Varoufakis reafirmou as críticas aos credores ao salientar que "durante cinco meses rejeitaram qualquer discussão sobre a autoridade e a divida".

"A 25 de janeiro [dia das eleições gerais] o povo disse 'já chega' a cinco anos de hipocrisia, a cinco anos de novos empréstimos para encobrir o fracasso do Estado. Durante cinco meses tentámos negociar para explicar isto: não há mais empréstimos, mas sim a restruturação dos antigos", disse.

Varoufakis foi mais longe, ao assegurar que "desde o primeiro momento os credores tentaram encerrar os bancos" e "obrigar" a Grécia "a pedir perdão por termos criticado os programas fracassados".

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