A espécie já afetou 5.664 hectares de produção em todo o país na época agrícola iniciada em outubro, anunciou hoje Ana Comoana, porta-voz do Conselho de Ministros que analisou a situação na reunião de hoje.

Para combate à lagarta, "o Governo necessita de 108 milhões de meticais (cerca de 1,5 milhões de euros)", referiu.

As autoridades vão "intensificar a mobilização de recursos contra esta praga e outras doenças de modo a assegurar a produtividade", acrescentou a porta-voz.

Segundo referiu, 400 técnicos agrícolas já receberam treino para atuarem nos campos afetados.

O Fundo da ONU para a Alimentação e a Agricultura (FAO) classifica a lagarta de funil do milho (comum nos países da América do Sul) como uma ameaça à segurança alimentar.

A Nigéria foi o primeiro país africano a detetar a praga em janeiro de 2016, que no final do ano atingiu a África Austral, incluindo Moçambique.

"A praga tem potencial para causar prejuízos económicos consideráveis nas culturas em alguns países da região, ameaçando reduzir as perspetivas de produção", alerta a FAO.

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