O Festival da Lusofonia, cujo cartaz foi hoje divulgado, vai animar, até ao dia 03, a zona do Carmo, junto às Casas-Museu, na ilha da Taipa, onde vão estar, como habitualmente, os expositores das comunidades lusófonas, num total de dez, com os seus petiscos, peças de artesanato ou trajes típicos.

A música e dança dos países de língua portuguesa vão marcar o ritmo das noites no anfiteatro das Casas-Museu da Taipa, onde atuam, a 01, Maya Cool (Angola), Ammy Injai (Guiné-Bissau) e Syndicate & Floor Fillers (Goa, Damão e Diu).

No dia seguinte é a vez dos Kumpania Algazarra (Portugal), Stewart Sukuma (Moçambique) e Mirri Lobo e Banda (Cabo Verde) subirem ao palco, com a derradeira noite a ficar a cargo de Edu Casanova (Brasil), Nilo Jalégo & Florentina (S. Tomé e Príncipe) e Estrela do Mar (Timor-Leste).

Estes grupos são os mesmos que vão atuar, nos dias 29, 30 e 31 deste mês, no Largo do Senado, no coração da cidade, no âmbito da 5.ª Semana Cultural da China e dos Países de Língua Portuguesa, que decorre entre 28 de outubro e 07 de novembro.

Além de exibições de capoeira, folclore, peças de teatro e espetáculos de música e dança de artistas e grupos locais, jogos tradicionais portugueses, torneios de matraquilhos, um simulador do Grande Prémio de Macau e passeios de pónei para crianças serão outras das atrações do festival, que inclui um torneio de futebol de cinco das comunidades lusófonas locais.

Embora as tendas das associações sirvam iguarias, no ?restaurante' "Gastronomia Lusófona", instalado no jardim municipal do Carmo, há um menu com diversos pratos típicos: das sardinhas assadas e caldo verde, à cachupa de Cabo Verde, passando pela feijoada do Brasil e o sarapatel de Goa, Damão e Diu, até à moamba de Angola.

O festival "tem como objetivos promover a cultura dos países e regiões de língua portuguesa, realçando os aspetos de contacto, de influência mútua e intercâmbio" e "homenagear as comunidades locais de expressão portuguesa que ajudaram a construir Macau e que decidiram permanecer" no território, realçou o administrador do Conselho de Administração do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), Henry Ma Kam Keong.

Organizado pelo IACM e pela Direção dos Serviços de Turismo, o Festival da Lusofonia conta, este ano, com um orçamento de 1,75 milhões de patacas (161 mil euros), valor que traduz um aumento na ordem dos 10 % face à edição anterior.

Em termos de visitantes, as expectativas da organização são de que o Festival da Lusofonia venha a atrair sensivelmente o mesmo número do ano passado, ou seja, cerca de 25 mil pessoas.

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