Segundo um comunicado da empresa Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), a paralisação da infraestrutura, com mais de 500 quilómetros, visa permitir a remoção dos 22 vagões da composição que descarrilou.

Referindo-se ao acidente, o ministro dos Transportes e Comunicações moçambicano, Paulo Zuzula, apontou defeitos na ferrovia como uma das prováveis causas do descarrilamento.

Como resultado do sinistro, mais de 1.300 toneladas de carvão foram despejadas dos vagões tombados.

A linha férrea de Sena é a única usada pelas companhias mineiras que exploram carvão na província de Tete, centro de Moçambique, exportado através do Porto da Beira, província de Sofala, também no centro do país.

Devido à sua importância estratégica, a linha de Sena foi vista como um potencial alvo da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, na sua ameaça de impedir a circulação no centro do país como pressão para a satisfação das suas exigências no âmbito das negociações que está a ter com o Governo, face à tensão que se vive no país.

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