Segundo dados da AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal), o pavilhão temático português contará com 42 empresas, abaixo das 50 do ano passado, a que se junta um número incerto, na ordem das dezenas, noutros espaços da exposição.

A agenda de Portas em Maputo, acompanhado pelo secretário de Estado do Investimento, Inovação e Competitividade, Pedro Gonçalves, e pelo presidente da AICEP, Miguel Frasquilho, resume-se ao dia de hoje, de acordo com uma nota do seu gabinete enviada à Lusa, e prevê encontros com autoridades moçambicanas, embora não identificadas.

A Facim é inaugurada hoje às 14:00 locais (13:00 em Portugal) em Marracuene, arredores de Maputo, pelo Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, sob o lema "Promovendo o potencial económico de Moçambique".

A 51.ª edição da Facim, que se prolonga até 06 de setembro, decorre no ano em que Moçambique celebra 40 anos de independência e no início do mandato presidencial de Filipe Nyusi, que aposta na diversificação do tecido económico moçambicano e na transformação dos produtos locais por via da industrialização.

Até ao fim da semana passada, havia 2.950 inscrições de 31 países, alguns dos quais estreantes, como a Coreia do Sul e o Vietname, um número ainda abaixo dos 3.145 com que a Facim finalizou a edição de 2014.

Além de Portugal, habitualmente o maior expositor estrangeiro na Facim, este ano são esperadas presenças expressivas de Itália e de França, entre os 680 representantes internacionais.

Apesar de um crescimento económico acima dos 7% nas últimas duas décadas, Moçambique atravessa momentos de incerteza devido ao atraso do arranque dos megaprojetos do gás natural, além da descida da cotação de matérias-primas, que tem atingido o setor do carvão, a depreciação do metical face as principais moedas internacionais, a que se soma a ameaça de instabilidade política e militar com a oposição da Renamo.

As exportações portuguesas para moçambique mais do que duplicaram em quatro anos para 318,5 milhões de euros em 2014, ano em que conheceram uma ligeira diminuição face ao anterior, mas no primeiro trimestre de 2015 voltaram a crescer.

As importações de bens moçambicanos representaram 34,9 milhões de euros no ano passado, sendo Portugal o 15.º cliente de Moçambique e seu 6.º maior fornecedor.

Portugal figura habitualmente no topo da lista dos principais investidores externos de Moçambique, ocupando em 2014 o quarto lugar da lista com 336 milhões de euros em 98 projetos autorizados, e é o país que cria mais emprego local, com 33 postos de trabalho por milhão de dólares investido, contra uma média de 16 dos outros países.

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