"Venho ouvir o candidato Mariano Rajoy. Votarei com os meus companheiros amanhã 'não' à sua investidura e sábado será outro dia", disse Pedro Sanchez no Congresso de Deputados (parlamento) quando se dirigia para a sessão de apresentação do programa de governo do candidato do Partido Popular (PP, direita).

Sánchez reaparece em público pela primeira vez depois da sua demissão em 01 de outubro do cargo de secretário-geral do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) e ocupou um lugar na quarta fila do hemiciclo, na zona do grupo socialista.

A estratégia de Pedro Sánchez de recusar terminantemente um Governo do PP foi derrotada por um grupo maioritário no PSOE que defende a abstenção para viabilizar o executivo de direita e evitar que os espanhóis votem pela terceira vez no espaço de um ano.

Ainda há uma vintena de deputados socialistas que ameaça votar "não" a Mariano Rajoy na segunda votação da investidura, no sábado, mas a atual comissão de gestão do PSOE está a tentar convencê-los a seguir a disciplina de voto do partido.

Quem já decidiu que vai votar "não" são os sete deputados do PSC (Partido Socialista da Catalunha), uma estrutura política autónoma que, no entanto, está integrada no grupo parlamentar do PSOE.

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