As novas ameaças foram transmitidas numa mensagem de áudio, lida por outro refém, o jornalista japonês Kenji Goto, publicada em contas ligadas ao grupo radical na rede social Twitter e cuja autenticidade não foi ainda comprovada.

"Se Sajida Al-Rishawi não estiver pronta para ser trocada, para que a minha vida possa ser poupada, na fronteira turca até ao pôr-do-sol de quinta-feira, dia 29 de janeiro, hora de Mossul, o piloto jordano Muaz Kasasbeh será imediatamente executado", diz a transcrição da mensagem de áudio publicada pelo SITE.

Condenada à morte em setembro de 2006, Sajida al-Rishawi, de 44 anos, está presa na Jordânia. A 'jihadista' iraquiana foi condenada pelo envolvimento em ataques terroristas perpetrados a 09 de novembro de 2005. Nesse dia, três atentados suicidas, que envolveram o marido de Sajida al-Rishawi, atingiram três hotéis na capital Amã, provocando 60 mortos.

As autoridades jordanas afirmaram, esta quarta-feira, estarem dispostas a soltar a terrorista iraquiana se o grupo jihadista libertasse o piloto.

O porta-voz do Governo jordano, Mohamed al Momani, explicou, em comunicado, que a prioridade passava por garantir a sobrevivência de Muaz Kasasbeh, pelo que libertarão a terrorista se o piloto for colocado "a salvo".

Kenji Goto foi feito refém presumivelmente em finais de outubro, enquanto o piloto Maaz al-Kassasbeh foi capturado a 24 de dezembro depois do seu avião, um F-16 da Força Aérea da Jordânia, ter caído na região de Raqqa, no norte da Síria.

O piloto participava num ataque aéreo contra as posições do EI, no âmbito das operações da coligação internacional de combate contra os 'jihadistas'.

Num vídeo divulgado a 20 de janeiro, o EI ameaçou matar dois reféns japoneses -- Kenji Goto e o empresário Haruna Yukawa - se o Governo nipónico não pagasse 200 milhões de dólares (172 milhões de euros) no prazo de 72 horas.

No passado domingo, os 'jihadistas' confirmaram, através da sua rádio, que tinham executado Haruna Yukawa e, esta terça-feira, ameaçaram executar num prazo de 24 horas o refém japonês e o piloto jordano.

A mensagem de hoje figura, portanto, como o terceiro ultimato do EI.

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