Em declarações aos jornalistas à margem de uma reunião de ministros da Cultura da União Europeia, Luís Filipe Castro Mendes escusou-se a falar em verbas e eventuais reforços orçamentais com vista à celebração do festival em Portugal, em 2018, lembrando que "a organização do festival é da responsabilidade da RTP, e a RTP é uma empresa publica, 100% detida pelo Estado".

"Por outro lado, também é claro que a organização de um festival da dimensão do festival da eurovisão vai requerer a participação de muitas instâncias privadas, locais, autárquicas... Portanto, é evidente que o Estado apoia", afirmou.

O ministro apontou que "ainda não está determinado" o local do evento e que também ainda "está a ser feita a estimativa -- mas é a empresa que tem de fazer isso - dos custos a partir do caderno de encargos que a EBU [União Europeia de Radiodifusão] apresentou", pelo que só "a partir daí será então estruturada a realização do festival da Eurovisão em Portugal".

Na semana passada, o presidente da RTP, Gonçalo Reis, afirmou que a estação pública vai "encontrar condições para fazer a Eurovisão [o festival]", que se realiza em Portugal em 2018, "sem excessos".

Portugal ganhou, a 14 de maio, pela primeira vez, o Festival Eurovisão da Canção, com "Amar pelos dois", canção de Luísa Sobral, interpretada por Salvador Sobral, e vai organizar o evento, no próximo ano.

Sem falar em valores, já que o dossiê ainda está a ser estudado, o presidente do Conselho de Administração da RTP disse esperar que o valor envolvido esteja "dentro do razoável".

"Já nos passaram o caderno de encargos, com requisições técnicas muito específicas", o que vai ser "trabalhado nas próximas semanas e meses", acrescentou, apontando que ainda está a ser definida a equipa que vai acompanhar o tema.

Para já, está agendada uma reunião com os responsáveis da Eurovisão para 13 de junho.

Sobre os custos do evento, que os media têm apontado entre os 30 e os 50 milhões de euros, tendo como referência a realização do concurso noutros países, Gonçalo Reis disse que há casos em que foi necessário construir pavilhões de raiz, o que não acontece em Portugal, que tem "infraestruturas excelentes".

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