O 'Brexit', ditado pelo desfecho do referendo de 23 de junho, ameaça dominar o "semestre eslovaco", tendo de resto sido já convocada para meados de setembro uma cimeira informal de chefes de Estado e de Governo dos 27 Estados-membros que permanecerão na UE para discutir a saída do Reino Unido e a forma de a União superar esta inédita "amputação" de um Estado-membro.

A grande prioridade da presidência eslovaca é precisamente a resposta a dar ao 'Brexit', tanto a nível económico como diplomaticamente, na cena internacional, havendo agora a grande preocupação de prevenir que a UE perca força como ator global, assumiu o governo eslovaco, reunido entre quinta-feira e hoje em Bratislava com a "Comissão Juncker".

No entanto, esta não é a única crise na "ementa" da presidência da Eslováquia, país que aderiu à UE apenas em 2004 (e à moeda única em 2009), e que, na sua estreia absoluta como "presidente" do Conselho da UE -- sucedendo à Holanda -, terá também de lidar com as persistentes crises migratórias e de refugiados e a ameaça terrorista, num cenário de retoma francamente lenta da crise económica e financeira que atingiu a Europa.

Para hoje está prevista, em Bratislava, uma conferência de imprensa do primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, e do presidente do executivo comunitário, Jean-Claude Juncker, para apresentação das prioridades do plano de trabalho conjunto para mais um semestre que se afigura turbulento no seio de uma União Europeia que pela primeira vez não discute o alargamento a novos Estados-membros, mas sim a sua redução.

ACC // EL

Lusa/fim