"As pontes no canal do Impernal, perto de Bissau, e sobre o Rio Cacheu, em Farim, são duas prioridades", referiu o governante, que ambiciona ver as obras feitas até final do mandato, em 2018.

A rede rodoviária na Guiné-Bissau, feita sobretudo de vias em terra batida, é extremamente precária e antiga, sem serviços de manutenção.

No novo plano do Governo, a ponte sobre o canal do Impernal faz parte do projeto de um segundo acesso à capital, através da zona sudeste, ligando o bairro de Antula à povoação de Nhacra.

"A estrada tem projeto feito, falta o estudo para a ponte", que José António Almeida espera financiar através da União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA).

O apoio já foi discutido com a UEMOA, uma vez que a ligação ficará integrada na estrada transafricana, que liga as capitais dos diferentes países.

A via continuará depois pelo interior da Guiné-Bissau (Jugudul, Bantajam e Quebo) e será asfaltada até à fronteira.

No caso de Farim, localidade situada na margem norte do Rio Cacheu, a estrada termina na margem sul e o transporte de viaturas ainda é feito através de barcaça.

A ponte pretende acabar com o cenário e facilitar o acesso àquela zona do país.

No sul do país, as atenções continuam centradas na necessidade de ser feita uma estrada até Catió -- capital regional que chega a ficar isolada na época das chuvas por falta de acessos.

O antigo caminho em terra é o único que ainda é usado, mas mesmo em época seca é difícil transitar ao longo do percurso.

"É uma zona com muitas passagens de água. O Governo, tendo ou não financiamento, pretende fazer essa estrada", sublinhou José António Almeida.

Está em curso uma atualização do projeto de execução da obra, que deve estar pronta dentro de "dois a três meses" para "distribuição junto dos parceiros" de desenvolvimento.

Na capital, continuam a decorrer obras de construção de valas, drenagem e asfaltamento nas principais artérias, provocando vários transtornos na circulação rodoviária e que já duram desde o final do último ano.

O ministro das Obras Públicas acredita que algumas das obras nas ruas de maior tráfego vão ficar concluídas a partir desta semana.

Outras vão continuar, apesar de a época das chuvas já ter começado.

"Vamos continuar a trabalhar enquanto o teor de humidade o permitir", referiu o governante.

Haverá ainda troços, como no caso da estrada de circunvalação, onde as obras obrigam ao assentamento de terras ao longo da época das chuvas, fazendo com que a ligação só seja concluída na próxima época seca -- a partir de novembro.

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