A vítima foi identificada como Maria Esperanza Ruiz Jimenez e tinha 67 anos.

Numa informação publicada na sua página de Internet, a Corregedoria da Polícia Militar informa que "determinou a prisão em flagrante dos dois policiais envolvidos" no caso: um oficial e um soldado.

"Os dois policiais foram encaminhados para Unidade Prisional, em Niterói", refere a Polícia Militar.

Os polícias presos disseram que dispararam contra o veículo onde estava a turista porque o motorista não terá obedecido a uma ordem de paragem, mas o condutor do carro afirmou, em depoimento, que não os viu e que não havia sinais de um bloqueio no local.

Segundo informações divulgadas pela imprensa brasileira, os polícias são orientados a seguir os procedimentos estabelecidos no Manual de Abordagem, que diz que não deveriam ter atirado, mas sim perseguido o veículo.

O portal de notícias brasileiro G1 relatou que o motorista, um italiano que mora no Brasil há quatro anos, disse às autoridades que deixou os turistas na parte alta da Rocinha acompanhados de uma guia turística.

Ele esperou o grupo na parte de baixo da favela até ser chamado de volta no final do passeio. Depois que os turistas embarcaram no veículo, o motorista relatou que ouviu disparos. Assustado ele teria acelerado o carro e, então, a turista espanhola foi baleada.

Já os polícias afirmaram que desconfiaram que o veículo poderia estar a transportar bandidos da comunidade, já que tinha subido vazio para apanhar os turistas.

O caso vai permanecer sob investigação da Corregedoria da Polícia Militar.

O Rio de Janeiro vive uma onda de violência, que mobilizou autoridades locais e federais para conter a ação de traficantes nas favelas da cidade.

Uma das comunidades que tem sofrido com o recrudescimento da violência na capital 'carioca' é justamente a favela da Rocinha.

Face à incapacidade da polícia local para controlar a situação, o Governo federal enviou em agosto 8.500 militares para ajudar a impedir conflitos entre traficantes que disputam o controlo das favelas e do mercado de venda de drogas no Rio de Janeiro.

CYR // FV.

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