"Para alcançar uma redução significativa do risco, as autoridades talvez precisem de prolongar o seu atual horizonte de três anos", afirma num relatório Paul Gruenwald, economista-chefe da S&P Global Ratings.

A maior preocupação passou de saber quando aconteceria a desalavancagem para o seu progresso, assinala Gruenwald.

A China completou, no ano passado, o seu ciclo mais longo de expansão do crédito, desde o início do período de "Reforma e Abertura", no final dos anos 1970.

Entre 2004 e 2017, todos os principais índices de crédito atingiram o pico, com a exceção do endividamento das famílias.

No ano passado, a Standard & Poor's reduziu a nota atribuída à dívida do país, de AA- para A+, devido ao 'boom' do crédito. A nota A+ é a sexta mais alta dentro do 'rating' atribuído pela S&P e situa-se no nível médio alto.

Várias instituições económicas internacionais, incluindo o Fundo Monetário Internacional (FMI), têm advertido Pequim para o rápido aumento da sua dívida, nomeadamente a corporativa. Em maio de 2017, outra agência de 'rating', a Moody's, reduziu também a nota atribuída à China.

A dívida do país acelerou à medida que Pequim tornou o crédito mais barato e acessível, num esforço para incentivar o crescimento económico, após a crise financeira global de 2008.

O principal indicador da dívida da China atingiu um nível equivalente a 257% do Produto Interno Bruto (PIB), no final de 2016, segundo a agência suíça Bank for International Settlements (BIS).

Em 2008, a dívida chinesa equivalia a 143% do PIB.

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