Os migrantes, que começaram a correr ao longo da via-férrea cerca das 21:00 (20:00 de Lisboa), em vagas e de forma desordenada, foram bloqueados num ponto por um cordão policial.

Uma quinzena de migrantes, que tinham conseguido furar esta primeira barreira, foram detidos mais longe, por um segundo cordão de polícias.

Pouco antes das 01:00 de sexta-feira (00:00 de Lisboa), vários veículos da polícia patrulhavam a gare, à procura de clandestinos, que na sua maior parte já tinham abandonado o local.

Na noite anterior, também se tinha registado este jogo do gato e do rato, na mesma zona, com alguns migrantes a conseguirem passar as barreiras montadas pela polícia.

Ao início da noite de quinta-feira, pelo menos 50 migrantes conseguiram chegar às vias do caminho-de-ferro, apesar do importante dispositivo policial, mas por um outro ponto de acesso.

Esta entrada, muito afastada da gare, obriga os migrantes a caminharem perigosamente sobre os carris e multiplica os riscos de serem colhidos.

O túnel sob a Mancha é desde há semanas objeto de tentativas massivas de intrusão por migrantes, prontos a tudo para chegarem ao Reino Unido, que veem como um 'eldorado'.

Por vezes, acontecem dramas, como na noite de terça para quarta-feira, quando um sudanês morreu, o que elevou para nove o número de mortos no local desde o início de junho.

RN // APN

Lusa/fim