A associação de defesa dos direitos humanos nicaraguana ANPD afirmou que forças paramilitares e polícias usaram "força desproporcionada", armando-se com espingardas automáticas e outro material militar.

"Lanço um apelo ao Presidente Ortega para parar a matança do povo de Monimbo", afirmou o secretário da ANPD, Alvaro leiva, referindo-se ao bairro indígena de Masaya mais visado pelo ataque.

A Igreja Católica da Nicarágua enviou os seus bispos para Manaya, declarando que pretende "evitar um novo massacre", além de "rezar e consolar" as pessoas, lê-se num comunicado.

Segundo Cristian Fajardo, um líder estudantil, ouviram-se explosões no norte da cidade de 100.000 habitantes, ao mesmo tempo que cerca de 500 agentes armados e com capuzes avançaram pelas ruas.

Muitos habitantes fecharam-se em casa enquanto os agentes retiraram barricadas montadas nas ruas de Masaya, situada a cerca de 30 quilómetros da capital, Manágua.

As barricadas foram erguidas para travar ataques de grupos paramilitares e apoiantes do governo, que fizeram já 23 mortos na cidade.

Desde 18 de abril, quando arrancou a contestação contra Daniel Ortega, os ativistas dos direitos humanos contaram 187 mortos e mais de 1.000 feridos.

APN // EL

Lusa/fim