O texto proposto por Atenas pede a concessão de uma amnistia para aqueles que ilegalmente tenham depositado o seu dinheiro na Suíça em troca de um imposto fixo de 21% sobre todos os montantes não relatados, de acordo com o NZZ am Sonntag, citado pela AFP.

O Governo grego liderado pelo partido de esquerda Syriza, cuja sobrevivência depende do resultado do referendo a realizar hoje na Grécia, comprometeu-se a combater a evasão fiscal.

As estimativas dos valores depositados na Suíça pelos gregos são bastante díspares, variando entre os 2,0 mil milhões e 200 mil milhões de euros, de acordo com o NZZ am Sonntag.

Um porta-voz do ministério suíço das Finanças confirmou que Atenas tinha feito uma nova proposta, mas sem dar detalhes.

A Suíça, conhecida pelo seu sigilo bancário, comprometeu-se, sob a pressão de seus vizinhos, a alterá-lo para tornar mais fácil a descoberta de fraude fiscal, para além de um intercâmbio de informações com todos os países da União Europeia que entrará em vigor em 2018.

O primeiro-ministro, Alexis Tsipras, convocou na noite de 26 para 27 de junho um referendo para que os gregos se pronunciem sobre a última proposta de ajuda financeira apresentada pelos credores (Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu) com vista ao prolongamento do programa de ajuda financeira.

Assim, hoje são chamados cerca de dez milhões de gregos a decidir sobre o futuro do país e, provavelmente, a permanência na zona euro.

As mais de 19 mil assembleias de voto abriram às 07:00 (05:00 em Lisboa) e fecham às 19:00 (17:00 em Lisboa), antecipando-se uma longa noite para os líderes europeus e para os principais atores financeiros.

É exigida uma participação de pelo menos 40% do eleitorado para que o resultado do referendo seja considerado válido.

Os primeiros resultados devem ser conhecidos a partir das 19:00 (hora em Lisboa).

AJG // MSF

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