Em declarações transmitidas hoje pela televisão checa, em antecipação de uma entrevista que vai ser transmitida na terça-feira, al-Assad respondia a uma pergunta sobre se admitia assinar na capital checa um acordo de paz, como sugerido pelo Presidente da República Checa, Milos Zeman, em setembro passado.

"Naturalmente. Se perguntar aos sírios, eles dir-lhe-ão que não querem uma conferência de paz em França, por exemplo, porque a França apoia o terrorismo e a guerra, não a paz", disse à televisão pública CT, acrescentando: "E se mencionar Praga, seria bem acolhido, porque o vosso país tem tido uma posição equilibrada".

Enquanto último posto avançado diplomático ocidental na Síria, a embaixada checa tornou-se uma plataforma para contactos confidenciais entre os EUA e a União Europeia com o regime de Damasco, entre vários movimentos relacionados com a negociação do fim da guerra civil, que dura há quatro anos.

A França tem sido inflexível na sua oposição a al-Assad, classificando-o como um "carniceiro" do seu próprio povo e hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Laurent Fabius, afirmou que trabalhar com o Exército sírio na luta contra o grupo radical Estado Islâmico era uma possibilidade que não se punha até que Assad saísse do poder.

RN // ARA

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